IV Encontro Nacional de Agroecologia

COMER É UM ATO POLÍTICO!

Você já pensou em quem produz a comida que chega à nossa mesa? Como ela é produzida? O que isso tem a ver com o meio ambiente?

Pois cinco mil pessoas atravessaram as estradas, apesar da greve geral,  num ato de resistência, para participar do IV Encontro Nacional de Agroecologia em Belo Horizonte/MG. O tema do encontro, realizado pela Articulação Nacional de Agroecologia- ANA, não poderia ser mais apropriado à realidade nacional: Agroecologia e Democracia unindo o campo e a cidade.

Aconteceu muita coisa, mas podemos compartilhar aqui alguns pontos altos do encontro.

Qual é o lugar da mulher? Onde ela quiser!

Plenária das Mulheres e seminário Sem Feminismo não há Agroecologia reafirmou o papel das mulheres na família, nos movimentos sociais, nos grupos de trabalho, na produção agroecológica, dizendo não ao machismo e à violência.

Linha do tempo da agroecologia na Mata Atlântica

A SerrAcima, junto com outros grupos da região sudeste entre eles a Sempre Viva Organização Feminista – SOF, os representantes da região do Vale do Ribeira e Região Sorocabana participaram da Tenda do Bioma da Mata Atlântica. Construímos a linha do tempo da agroecologia nesse bioma. Lá pudemos contribuir com a nossa experiência de quase  20 anos em formação em agroecologia, no apoio à constituição do primeiro Organismo de Controle Social – OCS, vinculada ao Grupo de Agricultores Familiares Agroecologicos de Cunha, no apoio à construção da primeira Feira Livre Agroecológica, na Pecuária Agroecológica e por fim da recente experiência iniciada ultimamente com o Grupo de Mulheres do Paiol as quais buscam criar autonomia com a produção de alimentos saudáveis para a família e a produção de produtos ecológicos de limpeza e cuidados pessoas.

Rodas de conversa e Feira de Saberes e Sabores – trocas de sementes.

No final do dia foi realizada a leitura das Cartas Políticas dos grupos de Jovens, Mulheres e Quilombolas assim como a Carta Política do IV ENA com denúncias contra a violência e autoritarismo do latifúndio e de projetos de grande capital.

As apresentações culturais de vários cantos do Brasil aqueceram e enriqueceram o encontro trazendo alegria e a troca cultural.

O último dia do encontro foi marcado pelo Ato Público que ocupou as ruas da cidade de Belo Horizonte em defesa da democracia, da agroecologia, contra os retrocessos e as perdas de direitos que acometem o país desde o impedimento da presidenta Dilma Rousseff. O evento foi encerrado com um banquete público agroecológico com alimentos produzidos por agricultoras/es de todo o Brasil.